Pesquisa Inovadora no LPPFB: Layza Sá Rocha e o Desenvolvimento de Peptídeos com Dupla Função Antimicrobiana e Anticâncer

Postado por: RAHYSA DA COSTA KNOPFF

Imagem: Layza Sá Rocha, doutoranda na UFMS (Arquivo pessoal)

Layza Sá Rocha, graduada em Farmácia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), é mestre em Saúde e Tecnologia e atualmente doutoranda em Ciências Farmacêuticas pela mesma instituição. Como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Layza conduz uma pesquisa promissora no Laboratório de Purificação de Proteínas e Suas Funções Biológicas (LPPFB), orientada pela Profª Drª Maria Lígia Rodrigues Macedo. Sua pesquisa busca desenvolver peptídeos que combinem propriedades antimicrobianas e anticâncer, oferecendo novas abordagens terapêuticas para infecções resistentes e cânceres agressivos.

O Foco da Pesquisa

A pesquisa de Layza Sá Rocha é pioneira no design in silico de peptídeos com dupla funcionalidade. Utilizando ferramentas avançadas de bioinformática e inteligência artificial, Layza e sua equipe trabalham na identificação e otimização de sequências peptídicas que possam atuar tanto contra bactérias resistentes quanto células cancerígenas.

O processo começa com uma triagem de peptídeos utilizando bases de dados especializadas, como APD (Antimicrobial Peptide Database), DRAMP (Database of Antimicrobial Peptides), e DBAASP (Database of Antimicrobial Activity and Structure of Peptides). Essas bases de dados auxiliam na seleção de sequências com potencial antimicrobiano e anticâncer. A partir dessas sequências, técnicas como algoritmos de alinhamento de sequências e padrões são usadas para ajustar as propriedades do peptídeo, maximizando sua eficácia.

Após a fase in silico, os peptídeos passam por testes in vitro que avaliam sua atividade antimicrobiana e anticâncer. Essas análises incluem testes de Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Concentração Bactericida Mínima (CBM), além de testes de eficácia na destruição de biofilmes bacterianos e células tumorais.

A pesquisa também abrange estudos detalhados por microscopia de fluorescência, permitindo uma observação precisa da interação do peptídeo com as células-alvo. A eficácia desses peptídeos, tanto em células bacterianas quanto tumorais, demonstra seu potencial terapêutico abrangente.

Contribuições para a Sociedade

O impacto da pesquisa de Layza Sá Rocha vai além dos avanços científicos. Ao desenvolver peptídeos com dupla funcionalidade, sua pesquisa tem o potencial de oferecer novas soluções terapêuticas para alguns dos maiores desafios da medicina moderna: infecções resistentes a antibióticos e cânceres agressivos. Tratamentos mais eficazes e menos tóxicos podem resultar em melhores desfechos para os pacientes, reduzindo a necessidade de terapias invasivas e o uso indiscriminado de antibióticos.

Além disso, esses peptídeos podem ser personalizados para atender às necessidades específicas de cada paciente, promovendo uma medicina mais personalizada e eficaz. A inovação na integração de bioinformática e inteligência artificial no desenvolvimento desses peptídeos também abre novas possibilidades para a pesquisa biomédica.

Apoio da CAPES

O apoio da CAPES foi essencial para o desenvolvimento desta pesquisa. A bolsa proporcionou a Layza Sá Rocha a oportunidade de se dedicar integralmente ao seu trabalho, permitindo acesso a recursos e infraestrutura de ponta no LPPFB. Além disso, a CAPES facilitou sua capacitação contínua em áreas críticas, como bioinformática e inteligência artificial, preparando-a para contribuir de maneira significativa para a ciência e a sociedade.

Sobre a CAPES

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC), responsável por promover a formação de recursos humanos de alto nível no Brasil.