LPPFB apresenta inovações em peptídeos bioinspirados e sustentabilidade no 54º Congresso da SBBq
O Laboratório de Purificação de Proteínas e suas Funções Biológicas (LPPFB) marcou presença no 54º Congresso da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular (SBBq), realizado em Águas de Lindóia (SP). Durante o evento, a equipe do LPPFB apresentou pesquisas de destaque em desenvolvimento de peptídeos bioinspirados, terapias inovadoras e soluções sustentáveis — demonstrando o potencial da ciência brasileira na interface entre saúde e meio ambiente.
Peptídeos com alto potencial terapêutico
Entre os avanços apresentados, destaca-se o peptídeo KI17, derivado da pitomba, fruta típica do Nordeste brasileiro. Ele demonstrou potente ação antimicrobiana contra as bactérias Staphylococcus aureus e Acinetobacter baumannii, mantendo eficácia mesmo em presença de NaCl. O KI17 também apresentou sinergia com ciprofloxacina, ação antibiofilme e efeito bactericida, evidenciando seu potencial para aplicação terapêutica.
A partir do inibidor de tripsina de Inga laurina (ILTI), o LPPFB desenvolveu peptídeos com propriedades antimicrobianas e anticancerígenas, destacando-se pela baixa toxicidade hemolítica e elevado potencial terapêutico. Derivados do ILTI também mostraram resultados promissores no controle do mosquito Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue e zika.
Outro destaque foi o peptídeo IKR18, inicialmente desenvolvido com foco antimicrobiano, mas que também demonstrou ação contra células de melanoma (B16-F10-Nex2). O IKR18 reduziu a viabilidade celular, promoveu condensação de cromatina e ativou caspases, sugerindo indução de apoptose por interação com membranas tumorais.
Já o peptídeo KW18, desenvolvido de novo por ferramentas computacionais, apresentou atividade bifuncional: antimicrobiana e anticancerígena. Seus resultados indicam indução de morte celular por apoptose, reforçando o potencial dos peptídeos projetados racionalmente para fins terapêuticos.
Sustentabilidade em foco: bioplásticos biodegradáveis
Além das pesquisas na área da saúde, o LPPFB também apresentou inovações voltadas à sustentabilidade. O grupo desenvolveu bioplásticos biodegradáveis, tanto a partir da polpa de Acrocomia aculeata (bocaiúva), quanto de formulações com gelatina, amido de mandioca e PVA — oferecendo alternativas promissoras aos plásticos convencionais, com menor impacto ambiental.
Ciência que conecta saúde, inovação e sustentabilidade
A participação no Congresso reforça o compromisso do Laboratório de Purificação de Proteínas e suas Funções Biológicas com a pesquisa científica de excelência. Por meio da biotecnologia, o LPPFB desenvolve soluções inovadoras com impacto positivo na saúde pública, no meio ambiente e na sociedade.