Na última sexta-feira, 18 de outubro, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) promoveu o seminário “Desafios Socioambientais Contemporâneos”, um evento de grande relevância para a compreensão e aplicação dos princípios do Direito Ambiental e práticas sustentáveis n  o agronegócio. Organizado pela Escola Judicial do Estado (Ejud-MS), o seminário reuniu magistrados, profissionais das áreas jurídicas, pesquisadores e acadêmicos para debater questões que integram desenvolvimento econômico e proteção ambiental, com destaque para os biomas do Pantanal e Cerrado.

Entre os palestrantes, Maria Lígia Rodrigues Macedo, presidente do Laboratório de Purificação de Proteínas e suas Funções Biológicas (LPPFB) e coordenadora geral da Agrotec – Bioeconomia no Agronegócio, trouxe uma visão inovadora sobre a integração entre o mercado e a pesquisa em biodiversidade durante o painel “Bioeconomia e Mercado”. Sua apresentação abordou o papel estratégico da bioeconomia e da pesquisa científica na construção de um modelo sustentável para o agronegócio e outras atividades produtivas.

Durante o evento, o desembargador Odemilson Roberto Castro Fassa, diretor-geral da Ejud-MS, ressaltou a importância do seminário para o Poder Judiciário, tendo em vista o papel fundamental de Mato Grosso do Sul na preservação de seus ecossistemas. “A responsabilidade de equilibrar o desenvolvimento econômico com a conservação ambiental é imensa, especialmente considerando a relevância do agronegócio no estado”, destacou o magistrado.

Lígia Macedo reforçou em sua apresentação que a bioeconomia, aliada à inovação, pode promover uma integração mais eficiente entre preservação ambiental e desenvolvimento econômico. Segundo ela, é necessário que o mercado compreenda a biodiversidade não apenas como um recurso a ser explorado, mas como um ativo estratégico que pode garantir a sustentabilidade a longo prazo.

O seminário também abordou questões como responsabilidade socioambiental, mudanças climáticas e as políticas públicas implementadas pelo Governo do Estado, como o Plano Estadual Carbono Neutro – PROCLIMA, que visa neutralizar as emissões de carbono até 2030.

Para o LPPFB e a Agrotec, a participação em eventos como esse reforça o compromisso com a pesquisa científica voltada para a sustentabilidade e o desenvolvimento de soluções inovadoras que possam ser aplicadas em diversos setores econômicos, promovendo um futuro mais equilibrado e consciente.

Maria Lígia Rodrigues Macedo é presidente do LPPFB e coordenadora geral da Agrotec – Bioeconomia no Agronegócio, uma unidade Embrapii da UFMS, destacando-se por sua atuação em projetos que integram biodiversidade, biotecnologia e o setor produtivo.